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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Acredito no país do amanhã!

Por Rafael Saldanha


Estamos chegando perto do dia em que escolheremos o sucessor do "melhor" presidente da história desse país. Há divergências em relação se foi o melhor ou não, entretanto, não vamos entrar nesse assunto. Talvez outro dia, pois irei focar em algo que acontecerá daqui a exatamente sete dias.

José Serra ou Dilma Rouseff, eis a questão? Para solucionar essa questão, vamos conhecê-los melhor.

O Serra é membro do Partido Social da Democracia Brasileira (PSDB), um partido que se diz de "centro-esquerda", mas, pelo seu governo anterior do Fernando Henrique Cardoso está mais para a "direita da direita", pois é notório pela "era FHC" que esse partido aderiu ao conceito econômico do neoliberalismo. Os seus eleitores são, majoritariamente, da "elite" brasileira.

A Dilma é partidária do Partido dos Trabalhadores (PT), um partido que há algum tempo era o representante político da esquerda brasileira, todavia, os tempos mudaram e esse partido resolveu mudar na prática um pouco de sua ideologia e se tornou aquilo que o PSDB quis ser, mas nunca foi e jamais será. A sua política interna é voltada mais para a ação social e para o combate da miséria. Isso é visível pelo o que foi o governo de Luis Inácio Lula da Silva e pela oposição escancarada ao seu governo pela mídia "direitona" representada principalmente pela Globo, Folha de São Paulo e Veja que sempre foram contrários a esse tipo de política social que é vigente em muitos países europeus como, por exemplo: a França, Alemanha, Suécia.

Muitos não gostaram dessa mudança de pensamento do PT, como é o caso de Plínio de Arruda Sampaio que foi um dos fundadores desse partido e, hoje, é membro de um partido de moldes bem socialistas chamado Partido Socialista e Liberdade (PSOL). O "vovô" Plínio ainda foi candidato a presidência nesse ano e conseguiu aproximadamente 1 milhão de votos. As suas propostas comunistas são bem interessantes no papel, todavia, não dá para colocá-las em prática pois são utópicas para uma sociedade inserida em um contexto mundial em que a economia "gira" e "cresce" (mas, não igualitariamente) nos moldes capitalistas. Se você discorda de mim, leia as propostas que ele colocou em seu site: http://www.plinio50.com.br/. Se você concorda com as propostas de Plínio, leia o que aconteceu com os países que aderiram e aderem ao comunismo. Se, por ventura, você de forma alguma não concorda comigo, então, peço que continue com esse pensamento, pois o Brasil é um país democrático e todos tem o direito e a livre expressão de votar e apoiar um determinado político ou partido, mesmo ele propondo idéias que não se adequam ao sistema político-econômico hodierno e falho vigente nesse século.

Falei muito do Plinio, né? Que tal falarmos dos dois candidatos que brigam pelo título da presidência? Então, como eu disse antes, existe o Serra e a Dilma. Muitos dizem que eles são iguais. Eu discordo usando as palavras do dep. federal Brizola Neto que disse em seu blog:http://www2.tijolaco.com/

"Não há comparação mais didática entre o Brasil de hoje, que prepara o de amanhã, com Dilma e o Brasil de ontem, de FHC, que Serra quer ressuscitar."

O Brasil de ontem ficou marcado como um país que ignorou os seus aposentados. Um país do arrocho salarial. Um país que devia 20 bilhōes de dólares ao FMI. Um país que privatizou diversos patrimônios energéticos e naturais e, ainda, os venderam a preço de "banana"! Um país que não aguentava nenhuma crise econômica vinda de países do exterior. Um país do "apagão". Um país que abandonou os miseráveis e excluídos dessa nação. Um país da desigualdade social exacerbada. Esse foi o país de FHC/Serra e que quase privatizou a Petrobras.

Tentaram mudar o nome para Petrobrax para tentar chamar a atenção de investidores internacionais, mas isso não aconteceu. Mas, pode acontecer com o Pré-Sal, se o Serra voltar ao poder. O Serra disse que isso é factóide, mas, segundo a Folha de São Paulo, o seu acessor David Zylberstajn, ex-genro de Fernando Henrique Cardoso e assessor técnico para a área de energia da campanha de José Serra à Presidência da República, aconselhou o tucano a desistir da proposta do governo Lula de modificar o modelo de concessão para o modelo de partilha, no caso dos blocos do pré-sal. Além disso, criticou o aumento da participação do Estado na empresa. "Não tem que existir estatal comprando ou vendendo petróleo", disse o enxuto.

O Brasil de hoje é o ver o filho de pedreiro formando em medicina graças ao ProUni. O Brasil de hoje é você ser livre para ter a sua crença em uma religião ou filosofia e saber que o Estado não pode interferir nela pois este é laico. O Brasil de hoje é o que concedeu emprego a mais de 15 milhões de brasileiros e brasileiras. O Brasil de hoje é ver motorista de ônibus fazendo churrasco no domingo. O Brasil de hoje é saber que mais de 20 milhões de brasileiros saíram da miséria. O Brasil de hoje é entender que a classe média cresceu, pois são mais de 30 milhões que adentraram nela. O Brasil de hoje deixou de dever o FMI para se tornar credor desta. O Brasil de hoje conseguiu enfrentar uma crise econômica mundial oriunda dos EUA e, ainda, teve a invejável maestria de ser o último a entrar nela e o primeiro a sair. O Brasil de hoje é respeitado no mundo todo e não abaixamos mais a cabeça para americanos e europeus dizendo: "Yes, sir", pelo contrário, nós lideramos o G-20 e queremos mostrar ao mundo e, principalmente ao G-8, que todos os países tem liberdade e o direito de expressar as suas opiniões sobre questões ambientais, econômicas, políticas sem sofrerem sanções e invasões.

O Brasil de hoje é acreditar que existe um futuro ainda melhor. Entretanto, isso só irá se concretizar se você conhecer a dor do passado, pensar na alegria do presente e confiar que Dilma Rouseff fará um amanhã ainda de modo mais perfeito como nunca antes na história desse país.



"Serra representa outro projeto de Brasil que vem do passado, se reveste de belas palavras e de propostas ilusórias mas que fundamentalmente é neoliberal e não-popular e que se propõe privatizar e debilitar o Estado para permitir a atuação livre do capital privado nacional, articulado com o mundial." Leonardo Boff (teólogo e escritor)

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